artigos (16)






artigo 16 - sobre os arcos, o bondinho.

Já foi-se o tempo em que Santa Teresa surgia nos braços da boemia carioca como um refúgio sereno. Lá do alto, o cheiro do mato ainda se fazia forte, quando a linha que ligava a Praça Quinze de Novembro ao Largo da Lapa e, que mais tarde iria se estender até o Largo dos Guimarães pela Rua Almirante Alexandrino.
            Foi quando se tornou símbolo, cartão-postal, que o bondinho ganhou a devida atenção. Em 68, pra ser bastante preciso, a via já contava com 35 veículos e alguns reboques até. Com isso, Santa Teresa virou um atrativo forte pra quem não morava por ali. A desculpa da contramão que era subir a ladeira gigantesca para o bairro caiu em desuso. “Basta apenas pegar o bondinho.” Sagrou-se um reduto poético, podendo quase ser comparada a um paraíso proibido. Era do alto, aos pés do Cristo Redentor que o bairro se encontrava e, a melhor maneira de ter seu pequenino espaço no céu, com uma das vistas mais privilegiadas da nossa cidade, era pegando o tal do bondinho. Um passeio incrível; passear por cima dos arcos, chegar ao largo do Curvelo, subir o Largo dos Guimarães e admirar a vista até o Parque das Paineiras pelo Silvestre. O bondinho que tanto orgulha não só quem usufrui diariamente do meio de transporte, mas quem precisa se alimentar da maravilhosa vista para saciar alma.
            O problema e, houve um problema, é que alguns talvez ainda não tenham entendido que com a vida das pessoas não se brinca. E errar é um luxo que um governo não pode se dar.
No dia 24 de Junho de 2011, Charles Damien Pierson foi o primeiro sinal de que algo estava errado. O francês de 24 anos caiu do bonde, pelo vão em aberto da tela que protege os passageiros do lado de fora da via, sobre os arcos da Lapa. O jovem despencou de uma altura de mais de 15 metros, porque tinha um buraco na tela. Por que tinha um buraco na tela? Ninguém viu? Ninguém sabe de nada? Vivemos na terra de ninguém, onde ninguém faz, ninguém fiscaliza, ninguém cobra, ninguém se revolta. De repente, o bonde que sempre foi o “mocinho” virou vilão. “Bonde assassino”. Quem é o assassino? Até que a pergunta fosse respondida e o responsável aparecesse; dois dias sem que se rode o bondinho. Uma semana sem que alguém suba no estribo. Essa era o ordem do mês. Pronto. Segundo o Secretário Estadual de Transportes o problema estava resolvido.
            Dois meses depois... Dia 27 de Agosto de 2011: “Cinco pessoas morreram e 57 ficaram feridas no acidente com um bonde no bairro de Santa Teresa, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro. Entre os feridos, dez em estado grave.” Jornal Nacional. Há quem diga que nessa hora Julio Lopes engoliu seco. Mais do que ele, penso na mulher e nos filhos do maquinista do bonde que nesse dia não voltou pra janta. Na família das outras quatro vítimas que morreram na hora.
            Sobre a denúncia de que houvera falta se manutenção nos bondes, o secretário disse que iria se pronunciar após a perícia. Houve a perícia e até agora, nada do secretário se pronunciar.
            O CREA-RJ absolutamente omisso. Joga a responsabilidade no colo de outros como se fosse batata quente. O governo então nem se fala, se cala. É simplesmente difícil de entender uma cidade que quer sediar os eventos esportivos mais importantes do mundo e não consegue zelar pelo bem-estar dos seus próprios habitantes. Propagandas exacerbadas sobre UPPs e segurança pública quando se esqueceram de dizer para o governador e para o prefeito que segurança é eu estar protegido quando sento em um ônibus para ir pra casa. Quando pego um metrô para ir trabalhar e quando quero passear em um bonde. Mais do que encontrar um culpado para tais acidentes a população clama por alguém que assuma suas responsabilidades. Alguém que se importe mais com a vida de quem viaja de bonde do que com as licitações públicas cedidas a certas empresas de transportes. Estamos aguardando.



por alberto szafran.



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artigo 15 - grande evento jpsdb-rj 24mar12


Viva a social democracia, o PSDB, o Rio e o Brasil! São os votos da juventude.
Foi neste sábado, 24 de março, que a juventude tucana do estado do Rio de Janeiro se reuniu em uma grande confraternização para dar início aos seus trabalhos em 2012. O encontro, realizado no auditório da sede da ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagens), trouxe à militância pautas extremamente importantes e pertinentes para o cenário político que vivemos hoje.
Levantada diversas vezes pelos convidados componentes da mesa, a necessidade de termos uma candidatura jovem, com as bandeiras defendidas tanto pelo partido quanto pela juventude, se mostrou uma demanda geral de todos que ali estavam presentes. Nesse espírito harmonioso, toda a militância da JPSDB-Rio apresentou ao partido seu pré-candidato à Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro; o jovem Miguel Fernández y Fernández.
Com uma apresentação descontraída, Miguel contou ao partido um pouco de sua história, de seus anseios e projetos para a nossa cidade.
O evento, que contou com uma aula de social democracia logo na sua abertura, pelo diretor do ITV-RJ, Daniel Gil, serviu para que os novos jovens filiados do partido pudessem conhecer um pouco mais da história do PSDB, da organização da nossa juventude e, claro, dos líderes que temos como exemplo.
Pablo Guimarães, presidente da JPSDB-Rio, pode passar para nossos jovens convidados exatamente como a juventude têm se organizado pelo estado, na ambição de podermos eleger o maior número de jovens candidatos a vereador possível, levando as nossas causas e bandeiras pelo o maior número de municípios.
Vinicius Suliano, secretário de juventude na executiva municipal e organizador do evento, foi extremamente preciso ao fundamentar a importância da juventude na política dos dias de hoje, fez menções a grande revoltas organizadas por jovens de outros países, como na Primavera Árabe, por exemplo, nos fazendo refletir a respeito do papel que desempenhamos no mundo de hoje e da necessidade de continuarmos ocupando os lugares na sociedade que merecemos.
Wesley Goggi, secretário nacional de juventude, prestigiou a confraternização dos jovens tucanos do Rio, fechando a mesa “Juventude e Desafios”, onde ofereceu aos convidados um panorama nacional da juventude, mostrando que, além de organizada, nossa instituição é acima de tudo orgânica. E numa divertida apresentação mostrou um grupo onde se encontra capilaridade, vontade e companheirismo.
Para abrir a mesa “PSDB: O Partido da Esperança”, pudemos ouvir a emocionante fala da nossa Secretária-Geral do PSDB do Rio de Janeiro, Lurdinha Henriques, grande parceira da juventude, sempre a acolhendo nos mais diversos projetos que resolve articular. Foi citando FHC, que Lurdinha explicitou talvez o pensamento mais importante do evento: “As respostas do futuro estão sendo inventadas aqui e agora”.
Passando a palavra ao Presidente do PSDB-RJ, lembrado incessantemente durante o encontro como o melhor deputado da ALERJ, o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, falou exatamente sobre esperança. A esperança que tinha como jovem durante o regime militar e a esperança que possui hoje na nossa juventude, reconhecendo o nosso trabalho e se solidarizando com as nossas bandeiras.
O pré-candidato a prefeitura do Rio pelo PSDB, deputado federal Otávio Leite, também marcou presença. Foi absolutamente pontual ao citar a juventude como uma grande aliada na sua pré-campanha, demonstrando absoluto respeito e respaldo aos componentes do núcleo jovem.
Para finalizar o grande encontro, o nosso eterno governador Marcello Alencar se dispôs a participar ativamente dos trabalhos da juventude durante esse ano eleitoral e, além de ser o Presidente de Honra do partido no Rio de Janeiro, foi consagrado Presidente de Honra da Juventude, demonstrando sempre uma jovialidade ímpar ao se tratar de sonhos e uma maturidade característica ao se tratar de conquistas.
Com muito orgulho a juventude concluiu o seu primeiro evento do ano, forte, unida e orgânica, pronta para enfrentar qualquer batalha nesse ano que nos espera. Viva a social democracia, o PSDB, o Rio e o Brasil!
São os votos da juventude.




Alberto Szafran,
Organizador do evento.


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artigo 14 - aos paulistanos, especialmente.

São Paulo. A maior cidade da América do Sul. Sagacidade urbana que exemplifica a força de um povo que luta tão incessantemente para crescer, desenvolver e estabelecer sua hegemonia no quadro das maiores megalópoles do mundo contemporâneo. Uma miscigenação de povos, culturas, hábitos, rostos, cores, barulhos...
São Paulo se faz presente em qualquer lugar do Universo. Conquistou o status de "cabeça pensante" da nação ao abrigar grandes mentes intelectuais e culturais do Brasil. São Paulo, que pode ter de santo mais que o próprio, mas que de ingenuidade, nada têm.
Sou carioca da gema, nato. Nascido e criado no berço da boemia do meu tão amado Rio de Janeiro, mas devo admitir que durante a minha orgulhosa formação caiçara, deixo algo escapar: minha admiração e meu respeito pela cidade de São Paulo. Costumo dizer que "Sampa" é a cabeça e o "Rio" o coração do Brasil.
Devo admitir também, que muito fiquei preocupado. Quando Fernando Haddad assumiu sua candidatura à prefeitura da cidade de São Paulo e não possuía nenhum candidato á altura de enfrentar a popularidade do ex-presidente Lula, pensei que fosse o início do fim. Afinal é de conhecimento geral da nação que o PT tem um projeto ditatorial de se consagrar o único partido do Brasil, o dono da verdade, o acima do bem e o do mal. É certo que o primeiro passo já foi dado. Vemos aí o prolongamento de uma era, em escala federal, que só não é mais falha e mais corrupta por falta de oportunidade. O caminho continuaria sendo trilhado, agora com mais velocidade, caso o tal partido dos trabalhadores conseguisse eleger o seu candidato mais um candidato, produzido por um personagem quase folclórico da nossa história.
A enganação é tanta que pra tocar o projeto á frente, vale de tudo. Chamar uma ala da sociedade de conservadores quando são eles que andam de mãos dadas com Paulo Maluf, José Sarney, Renan Calheiros e tantos outros coronéis do nosso país à dentro.
Pensamos além. A "menina dos cabelos dourados" que protagonizava a novela das legendas de São Paulo é ninguém menos que atual prefeito de São Paulo: Gilberto Kassab. Figura essa, cuja a aliança era defendida com unhas e dentes, pelo próprio ex-presidente Lula. Ora... Alguém poderia me dizer se existe algum fundamento político-partidário nesse discurso?
A realidade é que como bem disse Reinaldo Azevedo em seu blog (27/02); o PT se junta á qualquer bicho que se mova, desde que não seja um tucano (aproveitando a deixa e voltando á São Paulo).
O não reconhecimento daquilo que está mais do que estampado no nariz deles, explicita o quanto o projeto deles vai de contramão ao projeto do Brasil. Virá a campanha eleitoral. Garanto á vocês que as criticas sobre o provável candidato do PSDB á prefeitura não serão sobre sua gestão, mas sim sobre o fato dele ter se afastado da prefeitura para concorrer à presidência. Fazer o que? Esse é o jogo deles, que eles irão jogar sozinhos. O povo de São Paulo vai querer comparar os candidatos. As administrações. Vai querer saber o que Serra fez como deputado federal, ministro do planejamento, senador, ministro da saúde, prefeito e governador do Estado de São Paulo. Vai querer saber porque o seu partido o lançou duas vezes candidato à presidência, levando a disputa ao segundo turno nas duas vezes. Vai querer saber o que Serra fez pra merecer 44 milhões de votos pelo Brasil a fora. E vai querer saber o que fez o nosso antigo ministro da educação á frente de seu único cargo público, além de ter instaurado o caos no ENEM, é claro.
O povo de São Paulo é visionário. Pode votar em Tiririca como protesto e eleger Paulo Maluf sem mais nem menos. Bom... O Rio de Janeiro elegeu Garotinho.
Mas na hora do "vamo" ver o povo de São Paulo não foge á luta. Elege Mário Covas, elege José Serra e elege Geraldo Alckmin.
A minha certeza é fruto quase integral da minha esperança. Os paulistanos vão mais uma vez mostrar ao Brasil que só se estabelece quem tem competência.
Fica aqui meus cumprimentos á cidade de São Paulo que tem a oportunidade única nas mão de eleger o mais preparado de todos os candidatos à prefeitura; José Serra.



por alberto szafran.



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artigo 13 - mas não é uma gracinha?

Algumas vezes me deparo com frases nas ruas e dizeres de caminhões que não são de todo ruim. Algumas valem até reflexões, referências e citações bastante apropriadas no cenário político atual. Em Santa Teresa, por exemplo, um bairro tradicional da cidade do Rio de Janeiro, podemos nos deparar com a seguinte frase estampada na mureta do Largo do Curvelo; "Ficha Limpa: eu acreditei!" Estava lá. Escrita por um spray avermelhado, meio tosco. Até então, quando chego em casa e, pronto! O cômico enfim, virou trágico. O Senado foi apossado por aquele que faltava à trupe do Circo dos Vagabundos. Faltava um palhaço pra festa começar.
Me utilizando de mais uma citação, agora pego emprestada a fala do senador Pedro Simon (PMDB-RS); um dos poucos de seu partido que ainda restou um pouco de bom senso na cabecinha, foi muito feliz ao afirmar a seguinte frase em plenário: "Jucá, Sarney, Renan e Jader no Senado... Meu Deus!" E precisou dizer mais alguma coisa? Por mim o discurso do Simon poderia ter terminado ali.
O problema é a evolução do partido. O que ele se tornou. Há muito não é mais a casa do democrata Ulysses  Guimarães ou daqueles que defenderam tão firmemente as "Diretas Já" e o fim da ditadura. Hoje o PMDB pode ser sim o maior partido do Brasil, mas não ás custas do trabalho de seus integrantes, sim as custas do povo brasileiro. É nítido que o PMDB segue uma linha "de base" de pensamento; aquele de nunca se opor ao governo federal. Uma pena. O maior partido do Brasil deveria se pautar sobre os desejos do Brasil e não sobre os desejos de seus correligionários. Um partido que poderia ter dado certo, mas quando não protagoniza as manchetes dos jornais com denúncias de corrupção, protagoniza com demonstrações de incompetência e passividade com o que é de mais errado na política.
É claro que existem bons quadros no PMDB, vamos fazer justiça, mas esses são diariamente ofuscados por aqueles que mancham uma história que poderia ser muito bonita, como foi nas décadas de 80 e 90.
Não adianta. Enquanto o partido tiver como lideranças Romero Jucá, José Sarney, Renan Calheiros e Jader Barbalho, enquanto o partido gastar 500 milhões de reais do dinheiro público em campanhas eleitorais, como foi feito no Rio de Janeiro, durante a campanha de Sergio Cabral, o PMDB será um partido sem essência, forte em quantidade, fraco em qualidade. 
Eles podem até mostrar a língua pra sociedade, mas a sociedade cresce, se desenvolve e amadurece e, quando mostra a língua de volta, mostra uma muito maior!
Mas não é uma gracinha?



por alberto szafran.


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artigo 12 - peso pra papel.

Eu não pretendia me prolongar nesse assunto, mas mediante alguns comentários infelizes que ouvi a respeito do meu partido, baseado no livro “A Privataria Tucana” de Amaury Ribeiro Jr, resolvi me pronunciar pela última vez sobre tal documento.
                Para iniciar essa minha fala, gostaria de ressaltar que as únicas coisas que o PT sabe fazer são pesquisas e dossiês. Fora a propaganda que é quase um poder bélico deles, mas basicamente a estrutura de comunicação deles, gira em torno de pesquisa e dossiê. Me surpreenderia se as únicas coisas que eles soubessem fazer,  não fizessem direito. Então, como uma simples maneira de organização, resolvi pontuar algumas coisas, que eu acho que dessa vez, o PT deixou á desejar.

. Credibilidade: Como se pode acreditar em uma denúncia tão torpe, feita por homem que está sendo acusado de falsificação de documentos? De improbidade administrativa? O homem que foi o responsável pela quebra do sigilo bancário de Verônica Serra durante a campanha eleitoral? Sabe PT, quer passar credibilidade no que vocês falam? Bota o Suplicy pra fazer um dossiê. Não vem usar um laranja que está entalado de processos na justiça pra fazer uma denúncia baseada em factóides. O que nos leva ao próximo ponto:

.  Veracidade dos fatos: Meus amigos, eu não li o livro. Li apenas um capítulo e fiquei perplexo. Factóides mentirosos inventados pra justificar que a corrupção existe em qualquer governo. O PT não sabe como argumentar mediante á tantas denúncias de corrupção e resolve trazer da maneira mais ridícula possível, os argumentos mais inverossímeis que já foram levantados. Eu escutei durante uma entrevista do autor do livro, que tudo que está escrito ali é baseado em documentos oficiais. É um absurdo tão grande, que me fez ter uma epifania no momento; então quer dizer que o “cara” rouba, pega a prova e registra em cartório? Só pode ser. Um documento oficial é isso, até a última vez que eu verifiquei.

.  A real intenção: Pra quem é ingênuo, e olha que tem muita gente com mestrado que é, esse livro não passa de uma medida adotada pelo PT pra mascarar o fato de que só eles roubam em massa. O PT é um bloco de corrupção. É o empecilho da política contemporânea. É o polvo que se estica e se apropria dos bens públicos pra fortalecer a sua máquina. Na verdade até, vai muito além do que isso. O projeto do PT é ser o único partido do país. Como bem disse o maior líder deles, partidos devem ser extirpados da política. Como fazer isso? Mente. Mas mente em um livro, pra parecer que o negócio é mais culto.

. Conclusão: Esse livro, pros professores esquerdistas das universidades federais, é um presente divino, talvez os faça ter mais credibilidade nos seus argumentos. Pode ser que vire leitura obrigatória, não sei. Eles gostam de formar opinião, de doutrinar. Talvez vire. Mas esse livro, pra muitos e, eu me incluo nesse grupo, vai servir de peso pra papel, simplesmente porque nele não contem uma página com algum argumento verdadeiro.

Então vocês, que começaram a adotar essas páginas do livro, como verdade absoluta, tomem cuidado. Muitos de vocês já são fantasiosos por ideologia, só o que lhes faltava era serem manipulados por factóides. Uma pena. Alguns teriam um futuro tão brilhante...  

- Segue abaixo o comentário que o imortal da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira teceu a respeito do livro:





por alberto szafran.


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artigo 11 - o que sempre quis dizer.


Eu não começo discussões com quem viu ou fez parte do processo. O panorama político precisa ser observado de fora, para que se haja uma indiscutível imparcialidade. Até porque, tudo depende do ponto de vista ideológico de cada um. Para mim, por exemplo, vivo hoje em uma ditadura de pequenas opressões. O governo comprando voto de parlamentar com mesada, o governo comprando voto do povo com cesta básica, o governo controlando a imprensa com o seu plano de regulamentação da mídia, o governo calando os estudantes, "pelegando" a une, o governo batendo na cara da sociedade com os mais diversos escândalos de corrupção da história do país. Em um ano, caíram sete ministros, seis por corrupção. Tem pessoas que acham isso normal, não discuto com elas. Ou são muito ingênuas ou tão ruins quanto os ministros que caíram. Tem gente que bota a culpa na imprensa, como se ela fosse responsável pelo que tá acontecendo. A imprensa pode fabricar notícias, não pode fabricar provas. Se tudo que foi denunciado pela imprensa, for provado, como foi, ela só fez o seu papel diante do Estado democrático.
Isso tudo eu estou vivendo, tentando ser amordaçado por aqueles que a maioria colocou no planalto. Há quase nove anos o Brasil presencia sua história ser manchada pelos mais hipócritas governantes que esse país  já teve em escala federal. Vejo defenderem a abertura de arquivos da ditadura, quando o nosso último presidente colocava dentro de casa um dos terroristas mais perigosos e genocidas da humanidade. Vejo defenderem a democracia, mas a machucarem tão friamente quando atravessam votações no Senado para serem votados seus próprios projetos, com fizeram com a DRU. Ouço falar em "extirpar partidos" como se fosse assim. "É oposição? Então aniquila"
Quer mais hipocrisia? Dizerem que salvaram o Brasil da crise. O que salvou a economia brasileira da crise, foi um projeto chamado "Plano Real", que por acaso o governo que está aí agora, votou contra. Que governo que está aí agora, usufruindo das benéficas do poder, só soube fazer oposição atacando as privatizações do governo FHC, mas MANTEVE CADA UMA DELAS. Privatizou mais, aliás. E agora privatizaram alguns dos aeroportos mais importantes do país. Sim, meus amigos esquerdistas. O governo que você tanto defendem, é tão capitalista quanto o que eu defendo, a diferença é que o meu governo não se esconde por de trás de uma camisa vermelha para angariar votos.
Esse governo que está aí agora, abriu concessões exorbitantes com empresas privadas, tornando um homem o oitavo mais rico do mundo, parabéns pro Brasil então. Temos o oitavo homem mais rico do mundo, mas se essas concessões fosse mais bem divididas, mais igualitárias, mais sociais, hoje Brasil poderia ser uma das maiores potência do mundo, como ela merece ser.
O partido dos trabalhadores que foi responsável por esse caos encoberto por sua máquina de propaganda, têm no seu próprio nome a palavra "trabalhadores", mas na hora de votar 600 reais de salário mínimo para o trabalhador, vota contra. Vi José Dirceu comprar voto de deputados como nunca antes na história desse país e mesmo assim, ser homenageado no congresso de seu partido e continuar trabalhando no governo, como se absolutamente nada, tivesse acontecido.
Portanto meus colegas, professores e amigos, estou disposto a debater com qualquer pessoa sensata, que antes de dizer que não nasci nem na década de 70 e nem na década de 80, que não vi o processo de democratização do país, que não lutei pela democracia, se lembre que nasci na década de 90, que vi e vejo todos os dias o processo de "desmocratização" do país e que do meu jeito, luto contra isso todos os dias. Vejo doutrinação socialista de professores nas universidades e me sinto enojado. Afinal é fácil falar de Marx, Lênin e companhia, difícil é jogar o seu smartphone no lixo.
Então só pra concluir, se for me dizer "eu vi tudo que aconteceu", lebre-se que para ver todas as atrocidades que o governo federal comete hoje em dia, basta abrir os olhos.






por alberto szafran.

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artigo 10 - o apendicite do Brasil.

"Apendicite é uma inflamação do apêndice intestinal, uma bolsa em forma de verme do intestino grosso. A apendicite mais comum é a apendicite aguda, que, apesar de poder acontecer em qualquer idade, é muito mais comum na adolescência." Wikipédia
Agora imaginemos que o Brasil é um corpo humano. Que cada sistema é um estado, cada órgão uma entidade (ou organização) e que cada célula é um cidadão.
Suponhamos apenas aquilo que poderia estritamente condizer com a realidade, como o simples fato de que cada célula, por menos e mais inútil que seja, trabalhasse para o bom funcionamento do corpo humano. Às vezes nos deparamos com algumas células mortas, essas são facilmente eliminadas no suor e na urina. Outras vezes nos deparamos com algumas células malignas, que podem até nos trazer problemas no futuro, mas sendo bem otimistas, essas também seguem o seu rumo e deixam o corpo em paz.
Agora imagina você, se milhares dessas células malignas se unem para se apossar de um órgão desse corpo. Não só do apêndice, mas como de todo um intestino. Só para priorar a situação, imagina além. Se o seu cérebro, que é o responsável por enviar anticorpos ao local onde a tal doença se encontra, não estivesse funcionando? Pior! Se essas células que se apossaram do intestino, também se apossaram do cérebro. O que fazer?
Pois é. Contando com o fato fantasioso, posso afirmar aqui que não poderia ter sido mais feliz ao comparar uma apendicite crônica á atual gestão da UNE.
COMPRADA pelo governo federal, a única entidade que tinha a OBRIGAÇÃO de ser oposição ao governo, independente de qual partido fosse, se tornou a "apêndice" do PT. Do governo. A UNE, marcada de uma história de lutas, de coragem, de OPOSIÇÃO á tudo que acontecia de ruim no Brasil, começa a abaixar a cabeça para aquele que foi e que é, o governo MAIS CORRUPTO DA HISTÓRIA DESSE PAÍS, como nunca antes foi.
Na década de 40, a UNE se assume contra o Estado Novo de Getúlio Vargas, luta pelo fim da ditadura e toma posição contra o nazismo e o fascismo, hoje apoia o governo de "mexicanização" do PT.
Na década de 50, a UNE briga pela democracia, luta contra o aumento das passagens de bonde no Rio de Janeiro, organiza um evento contra o assassinato do estudante Demócrito de Souza Filho e organiza a campanha para a obtenção de empregos públicos pela juventude e, hoje, compra uma briga com os estudantes da UFRJ por estarem reivindicando os seus direitos perante a reitoria do PC do B.
Na década de 60 a UNE cria os DCEs, os DAs, o Centro Popular de Cultura, os debates sobre a reforma universitária, a articulação da UNE Volante, a Campanha da Legalidade, o Seminário Nacional de Reforma Universitária, o Comício da Central do Brasil, liderada pelo então presidente da entidade, José Serra. Hoje as viagens que a UNE organiza é para mendigar sua mesada do governo federal.
Década de 70, a UNE cria o Comitê de Defesa dos Presos Políticos na USP, em 80, acho que nem é preciso comentar sobre a fundamental participação da UNE na luta pela democracia contra a ditadura a militar, as chamadas "Diretas-já", maior movimento democrático da história desse país. Na década de 90 a UNE assume as suas bandeiras e vai ás ruas lutar contra as privatizações do FHC.
Desde a sua criação, a UNE é o refúgio dos estudantes. A UNE é sempre oposição por uma educação de qualidade, por um futuro de qualidade. E hoje? O que a UNE estava esperando? O PT assumir para descansar? Botar o dinheiro no bolso e os DCEs que cuidem dos seus? E a ANEL que assuma essas posições? Ou a UJS, que assumiu a UNE se transforma, se regulariza e toma vergonha na cara ou essa apendicite que a UNE se transformou, vai acabar assassinando o futuro do Brasil.






por alberto szafran.






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artigo 9 - meu vizinho battisti.

O Brasil não está satisfeito com a pequena quantidade de criminosos que abriga dentro das fronteiras do país. Não, não, não! Para a justiça os pouco mais de 470 mil presos em território nacional não é suficiente. A justiça brasileira quer na verdade mostrar pro mundo a nossa eficiência no sistema presidiário. Como? Igual a coração de mãe. Sempre cabe mais três. Abrigamos 470 mil pessoas em presídio quando na verdade, temos capacidade para apenas 170 mil. Fazemos como guetos, quanto mais, melhor.
Na verdade somos um povo tão hospitaleiro que estamos recebendo criminosos. Exatamente. Se você mora no exterior e foi condenado por cometer um crime hediondo, naturalizasse brasileiro. Aqui você receberá a hospitalidade de um povo que tem como maior atributo receber bema s pessoas, principalmente aquelas que foram em seus países, condenadas á prisão perpétua pelo assassinato de... Quatro pessoas tá bom? Vai ver você até dê sorte e fica hospedado na casa de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Cesare Battisti por exemplo, assassino internacional condecorado pelo governo Lula, já se sente em casa, mais do que isso! Nas próximas eleições municipais irá se candidatar á prefeito de algum município, que ainda está sendo decidido, claro com o eterno apoio de seu fiel cabo eleitoral, Luís Inácio.
O pedido de visto de Battisti está sendo analisado pela Ministério de Relações Exteriores. Pra que? Daqui a pouco ele ganha um daqueles passaportes diplomáticos que ganharam os filhos de Lula (que só pra constar, não eram diplomatas).
Tocamos no assunto diplomático. Então vamos ponderar a respeito das consequências que abrigar esse assassino vai nos trazer: Itália. Nãos ei por que criticam tanto a decisão do Supremo em relação á Battisti. Eles acabaram de se livrar de uma boa. Imagina? Um criminoso desse escalão vivendo sob o escaldante sol da Toscana? Melhor deixar ele aqui mesmo. No país da impunidade. Que ele envelheça aqui, que faça amigos aqui. Afinal nós temos que ficar aonde nos querem bem.
Mais uma vez eu aplaude de pé o Supremo Tribunal Federal, pois agora, a justiça brasileira acaba de se consagrar incompetente em escala internacional.


por alberto szafran.


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artigo 8 - o consultor.

Estamos falando do maior estrategista financeiro do mundo. Um homem que consegue multiplicar seu patrimônio por 20, em quatro anos, não pode ser considerado menos que um gigante da economia. Palocci desafia a lógica e ainda mais, o senso comum de que o impossível é algo inalcançável. Refutando todos os eventos catastróficos da economia mundial, como a crise de 2008, o nosso atual Chefe da Casa Civil, consegue de maneira esplendida saltar de seus humildes 375 mil reais para sete milhões e quinhentos mil reais. Como? Prestando consultoria. Trata-se de um excelente consultor. Para ser mais exato, trata-se do melhor consultor do mundo. Vem-me a cabeça apenas um homem que conseguiu multiplicar tanto dinheiro em tão pouco tempo, mas ele não era consultor, era um traficante colombiano de cocaína que morreu em 1993.
Mas por que sermos tão negativos, tão maliciosos? Vamos confiar na escolha da presidenta que elegemos. Vamos deixar que o chefe da Casa Civil continue fazendo o seu trabalho, arrastando o Brasil, para uma provável inflação. Otimismo não é característica que melhor descreve o nosso povo brasileiro? Então otimistas seremos.
Otimistas de que Palocci, em quatro anos, possa fazer pelo Brasil o que fez com o seu patrimônio, mas que infelizmente não conseguiu fazer como ministro da fazenda. Multiplicar por vinte, o patrimônio do nosso país. É difícil? Com certeza. Mas também é difícil fazer algo parecido com a sua própria conta bancária.
Eu só quero uma explicação plausível, afinal, nós falamos a respeito de um partido de que não tem “nada a ver” com os maiores escândalos políticos brasileiros do século XXI como, por exemplo, o “mensalão”, o “aloprados” e agora “ó consultor”.
Por tanto, não peço absolutamente nada demais, da mesma maneira que empresas cobram a mais nas nossas faturas e pedimos provas, queremos que Palocci nos prove seu feito extraordinário. Pois se ele realmente se tornou milionário em tão pouco tempo fazendo consultoria, vamos todos virar consultores.



por alberto szafran.

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artigo 7 - vozes que se calam.

                No que se refere á questão da Palestina, eu sempre escutei pessoas falando em “vozes”. “Vozes” que não são ouvidas. “Vozes” que precisam ser escutadas. E o que mais me intriga é quando um representante de uma população fala sobre as “vozes” do seu povo. Eu me pergunto se a população ao qual ele representa compartilha da mesma opinião que ele, ou se o mesmo quer convencer a população daquilo que ele fala.
Outra coisa que também não entendo, é que pessoas querem que suas “vozes” sejam escutadas, mas falam ao mesmo tempo. E ao invés de ouvirmos suas “vozes” escutamos um barulho ensurdecedor.
Então, quando ouço de pessoas que “vozes” precisam ser escutadas, eu faço em minha cabeça um retrocesso e me vejo no ano de 1939. Adolf Hitler disse em um de seus discursos que a voz da Alemanha precisava ser escutada.  E foi. Naquele ano, a Alemanha começava uma guerra que matou cerca 72 milhões de pessoas, entre elas 6 milhões de judeus.
3 anos após o término da guerra, a ONU, declarou a Resolução 181; que decretava que a Palestina deveria ser partilhada entre um estado judeu e outro árabe. Os árabes nãos e deram por satisfeito e resolveram que suas “vozes” deveriam ser ouvidas. Invadiram o recém-criado estado de Israel um dia depois de sua independência. Egito, Síria, Jordânia, Arábia Saudita e Líbano se unem para derrotar o exército israelense. Suas “vozes” foram ouvidas, mas acredito eu, que não da maneira como eles imaginavam. Morreram israelenses, morreram. Mas morreram árabes também. Em 1949 a guerra acaba com Israel expandindo as suas fronteiras. Israel achou que essa fosse a última vez que “vozes” teriam que ser ouvidas. Mas não as “vozes” estavam apenas começando.
                Começou o boicote árabe a Resolução 181. A liga árabe condenava quem fizesse negócios com Israel. Econômicos, políticos, sociais e culturais. Secretamente, alguns lideres árabes tentaram fazer negócios com Israel. Tragicamente um deles morreu assassinado em Jerusalém no ano de 1951, o rei Abdullah da Jordânia.
                Outra questão que me intriga é que nessa época a Liga Árabe era formada por sete países. Sua área no total correspondia á 4.403.347 quilômetros quadrados. O estado de Israel era ma época 217 vezes menor do que a Liga Árabe. E continua sendo.  Quando a guerra de 48 terminou, nenhum palestino era bem vindo em nenhum país a não ser dois, que cederam cidadania ao povo palestino; Jordânia, que é um país árabe e Israel, que na é.
                Todos os países árabes dizem que a “voz” dos palestinos precisa ser escutada, mas desde 48, pelo menos, nem um país árabe pára pra escutar a “voz”deles.
                O que levou meu pensamento á 1967. A “voz” dos árabes mais uma vez tinha que ser ouvida.  O Egito, a Síria, a Jordânia e o Iraque iniciaram com o apoio do Kuwait, da Arábia Saudita, Argélia e Sudão, a guerra que seria a mais massacrante e desastrosa para os árabes.  Israel ganhou a guerra em seis dias. Aumentou suas fronteiras até o Sinai, a Cisjordânia e as Colinas do Golan, ao norte. Muitas vozes sim foram ouvidas, mas caladas em seguida.
                1972. Olimpíadas de Munique. A delegação israelense inteira é morta em um atentado terrorista, para que as “vozes” dos árabes fossem ouvidas. E foram. A olimpíada, a propósito, continuou.
1973. A “voz” dos árabes é escutada quando invadem Israel durante o Yom Kipur. Data religiosa e sagrada para o povo judeu. A guerra resulta, com felizmente, uma voz positiva. O Egito assina o acordo de Camp David e se torna o primeiro país árabe á reconhecer o Estado de Israel. Em 1982, No sul do Líbano, A Organização de Libertação da Palestina começa os ataques ao norte de Israel. Mais um conflito se desencadeia e Israel invade o Líbano. Nesse ano, os próprios libaneses com o consentimento se Israel, invade os campos de Sabra e Chatila aniquilando todos os refugiados palestinos que ali se encontravam.
Isso me trouxe á um episódio mais recente: 2006, Guerra do Líbano. Mais vozes, mais vozes e mais vozes. É por conta desses conflitos que eu acabei de relatar, que quando eu escuto que “vozes precisam ser escutadas” eu confesso á vocês que eu fico um pouco preocupado.
Toda vez que o representante de um país diz que o mundo precisa escutar a sua “voz”, o seu povo morre ou ele gera a morte de algum outro, quando não é os dois.
Nós banalizamos tanto a morte, que não paramos pra pensar no silêncio que elas nos trás.
Durante a primeira intifada, o povo palestinos cantava uma música que a letra dizia mais ao menos isso:
"Palestina é a nossa casa
Nós nascemos aqui
Nós vivemos aqui
Nós amamos aqui
Não odiamos ninguém, mas desprezamos a injustiça
Na paz acreditamos, pela liberdade nós lutamos
Nós temos o direito de viver em paz em nossa Palestina”
E os judeus também têm o direito de viver em seu Israel.
Por que um povo precisa ser dizimado para que outro povo precise viver? A minha voz se calará e eu nunca ouvirei a resposta.
Nesse momento, você se pergunta o que isso tem a ver com o Brasil e eu te respondo que tem tudo a ver. Pois enquanto houver um único judeu morando no Brasil. Esse problema também será nosso.




por alberto szafran.




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artigo 6 - você alimenta o monstro que te come.

O ser-humano se torna vivo ainda quando feto. Não possui boca, ouvidos, olhos, nem mesmo nariz mas já respira. Quando feto, o ser-humano tem uma prova de fogo já no ventre de mãe; ele é obrigado a conviver e a gostar de todos os alimentos que a sua provedora ingere. A partir daí, sem saber, um pobre recém-nascido, ou nem mesmo isso, está colocando para dentro de seu organismo as substâncias mais tóxicas que circulam nos mercados de alimentos.
O feto nasce. Ele chora. Parece difícil de acreditar, mas não é impossível deduzir o pôr que: ele sabe que assim que nascer a sociedade estará pronta para corrompê-lo. Prova disso? Nos seus primeiros momentos respirando o ar puro do mundo, em um espaço totalmente novo, mesmo com medo, ele é retirado dos braços de sua maior protetora: sua mãe. O bebê é levado para um berçário, onde a paritr daí, ele é obrigado á conviver em comunidade à outros bebês recém-nascidos que ele nunca ouviu ou viu na vida. E isso acontece apenas na primeira meia-hora de sua vida.
Um simples ato, pouco falado e comentado quando você nasce é o que mais significa: quando se rompe o cordão umbilical. Isso significa simplesmente uma coisa: você está sozinho. Nem mesmo a pessoa que mais te ama no mundo possui uma ligação palpável com o filho que acaba de parir.
Ao sair da maternidade você é bombardeado por sons de carros, buzinas, pessoas histéricas, gritos e músicas. Não te respeitam nem no momento ao qual você mais precisa de cuidado e proteção. Você chora. Chora muito. Chora porque não quer estar ali. Quer voltar para a barriga de sua mãe. Pior. Chora porque você sabe que algum dia, você vai fazer parte disso aí. Você vai alimentar essa sociedade.
Com apenas cinco dias de vida, você vai para casa no colo de sua mãe e assim que chega no que te é designado "lar", sua própria mãe te coloca no berço. Ela não pára pra considerar que talvez o melhor pra você naquele momento é ser simplesmente embalado no seu próprio colo.
Você cresce. A sua mãe te enche de roupas, gorros, sapatos, bonés, casacos. Aí ela te dá de comerdo primeiro pecado capital: a vaidade. Com apenas alguns meses de vida é implantado na sua cabeça que o que você veste define quem é você. Você mal sabe, mas está sendo treinado para alimentar o primeiro monstro que vai te comer: as roupas de marca. Isso um dia vai vir á tona. As grifes de loja que você um dia irá desejar será provavelmente a mesma grife que irá matar um urso de frio para fabricar o casaco de pele que, um dia, você irá vestir.
Com cinco anos você vai ter o seu primeiro dia de aula na escola (quando não é antes no maternal). Você conhece aqueles que serão os seus primeiros colegas de sua vida. Aqueles que irão sempre ter alguma coisa que você não têm e, mesmo que você não precise, você vai desejar possuir.
Nisso, a sociedade vai te dar de comer do segundo pecado capital: a inveja. E sem perceber você será atingido com uma das mais letais armas da sociedade; a mídia. Com cinco anos você vê pela televisão aquele carro, aquela boneca ou aquele mais inútil dos brinquedos e, mesmo que você não precise, só por estar aparecendo ali ou pelo seu coleguinha da escola ter, você vai pedir ao seu pai. Pronto. A sociedade está desde muito cedo conseguindo te corromper. Te corrompe e com uma arma que vai te atingir até o fim dos seus dias: a televisão. A mídia, o poder dos comerciais chegam a beirar o absurdo, somente porque você pensa que eles não te influenciam, mas você mal sabe, eles é quem são a alma do negócio, desde então você acaba aderindo ao terceiro pecado capital que a sociedade te impreguina: a preguiça. "Para que caminha no parque, se hoje posso assistir um filme na televisão?" "Para que ouvir a voz dela pelo telefone se podemos nos falar pela internet?" É terrível admitir, mas você, jovem, é um zumbi da sociedade, que só precisa de você para consumir.
O problema é que o consumo requer uma pequena cédula. Um pedaço de papel tão frágil e barato de ser fábricado, ams que ao mesmo tempo é tão difícil e nos custa tão caro de se possuir;  dinheiro. Pessoas se corrompem, roubam, matam por dinheiro e, são julgadas pela sociedade! A mesma que associa o dinheiro a felicidade, que te afirma que pra ser feliz, você precisa ser rico. A sociedade te impõe um quarto pecado capital: a avareza. Você, quando jovem, deve poupar o seu dinheiro para comprar aquele carro ou fazer aquela viagem, que viu na televisão. Você não pode gastar esse dinheiro de maneira nenhuma. Nem mesmo se para isso, você deva se privar de algumas necessidades; como comer.
E se por um lado existem pessoas que deixam de comer, outras comem absolutamente mais que o necessário. Quando você vai a um churrasco e come dez corações de galinha, você pára pra pensar que dez galinhas tiveram que morrer pra você comer um pedaço de carne do tamanha da pata de um chiuahua? "Taí". A sociedade de tá de mão beijada o quinto pecado capital. A gula. Você sabe. O pior é que você sabe que é você o responsável pela morte de milhões de animais anualmente.
Você se casa. Tem uma mulher, uma família, trabalha para ganhar dinheiro. É uma pessoa relativamente feliz. Leva um dia a sua esposa ao cinema e fica deslumbrado com aquela atriz maravilhosaque tá a impressão que o que você têm não é o suficiente, de lá, você leva o sexto pecado capital; a luxúria. Aquela cobiça á mulher do próximo.
Agora você é definitivamente um produto da sociedade. Faz o que ela quer, consome o que ela que e conscente com absolutamente tud que lhe é imposto.
Está furioso com ela? Não fique. Pois você acaba de aderir ao sétimo e último pecado capital que a sociedade lhe impõe: a ira.
Vaidade, inveja, preguiça, avareza, gula, luxúria e ira. Os sete pecados capitais que a sociedade te implanta e te condena por eles.
E você chama a sociedade de "monstro", mas me responde uma coisa: Quem você acha que alimenta esse monstro? É meu amigo. Você odeia a sociedade, mas sinto lhe informar, você faz parte dela.





aritgo 5 - meu adorável mundo capitalista.
Época de eleições é unica. Não só para os candidatos mas obviamente, para os eleitores também. Eu, como eleitor, aproveito a oportunidade para pesquisar não só o passado e as propostas daqueles que pretendo depositar meu voto, mas também os seus ideais e suas alianças. E infelizmente (ou felizmente) para mim, os ideais valem tanto quanto os primeiros critérios. Essa eleição foi difícil para decidir meu voto por que fiquei exatamente em qual desses quesitos deveria prevalecer: o "melhor" passado ou a "melhor" ideologia. Fiquei com a ideologia.
Não depositei o meu voto em deputados que costumo elogiar por suas atuações na ALERJ, como o deputado Marcelo Freixo ou a deputada Cidinha Campos, simplesmente por estes serem de frente socialista. E o problema, eu explico agora. O Socialismo como teoria é fantástico. Prima pela organização, pela igualdade social e de oportunidades e pela liderança do povo, pelo povo, para o povo. Acontece que na prática, não é assim que ele funciona. Acredito que quando os primeiros pensadores revolucionários Karl Marx e Lênin esporam suas idéias, eles não tinham em mente que absolutamente TODOS os países que seguissem doutrinas socialistas viveriam em ditaduras militares. União Soviética, China, Cuba, Venezuela, entre outros países são exemplos perfeitos do que estou falando. O que era para ser uma organização baseada na igualdade acaba se tornando, uma ditadura com níveis absurdos de hierarquia e de governo, onde a população dificilmente têm acesso aos seus governantes e quase sempre medo das atitudes que os mesmos possam tomar em relação alguém que se opunha à eles. Não acredito que os deputados que citei acima tenham alguma relação com esse tipo de política e sei que são valorosos cidadãos, mas vestir a camisa de um estilo utópica de governo é algo que não me agrada, até pela velocidade em que andam as economias internacionais. 
Vestir a camisa socialista, hoje, é dizer para os países que estão caminhando pra frente, o seguinte: "Oi?! Olha só, eu vou retroceder uns cento e cinquenta anos, mas depois eu vejo se consigo voltar!" Um país que quer progredir não pode adotar um pensamento socialista. E quando eu digo adotar, eu digo adotar mesmo, e não se esconder atrás de uma bandeira vermelha para angaria votos da esquerda e fazer totalmente diferente quando começa a governar. Hoje somos governados por um partido de esquerda, mas que felizmente toma atitudes de direita. E é isso que o nosso país precisa. Capitalismo. O ser humano é capital por natureza. Mesmo quando não tem dinheiro. E essa é a ordem natural das coisas. O consumo. Sim, eu defendo o consumo com unhas e dentes. Cada vez que nós compramos um produto ajudamos na economia tanto local quanto mundial. Sem citar a satisfação de possuir alguma coisa. O capitalismo gera a competição, fator extremamente importante para uma educação de qualidade. Hoje é quase inadmissível se conseguir um bom emprego sem saber falar inglês. Agora, você acha que a cinquenta anos atrás era assim? Não. Mas se você for a Rússia, país que parou politicamente no tempo com o comunista por mais de cinquenta anos, a maioria da população não fala inglês. A China também. Coréia do Norte então, sem comentários. Não que seja um absurdo não ser poliglota, mas nós abrimos as portas para o capitalismo e nesse aspecto estamos á frente desses respectivos países. Portanto quero deixar claro, que dentro dos partidos socialistas, existem nomes valorosos, alguns até mais do que outros partidos de esquerda, mas adotar um ideal que parou no tempo significa regressão. E é por viver nesse "adorável mundo capitalista" que hoje eu posso escrever esse tipo de artigo, e você pode ler.


por alberto szafran.


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artigo 4 - a fonte da internet.
Não tire suas conclusões pelo que lê na internet. Leia jornal. Na internet você vai encontrar apenas a opinião de outras pessoas que às vezes, nem tem tanta experiência como você.
Passei nessa semana por uma situação um tanto peculiar; ouvi de um professor absoluto de certeza, dizer que o presidente Bush entrou no poder simplesmente para colocar o atentado de 11 de Setembro em prática. Ao ouvir tal declaração em uma sala de aula fiquei abismado e resolvi me prontificar a saber qual era a fonte do tal professor, até porque se isso realmente procedesse, eu seria a primeira pessoa a perguntar por que a justiça não havia sido feita. "A, foi de um documentário que vi na internet." Fiquei abismado. Como que um professor (de Física aliás, matéria que não tem NADA a ver com o assunto) atribui a responsabilidade de um atentado terrorista ao presidente dos Estados Unidos e veicula todo o acontecimento com a comunidade judaica?
A ignorância foi tão profunda que perguntei se ele sabia quem é Mahmud Ahmadinejad (ditador do Irã que financia o terrorismo abertamente). E ele disse que não. Ou seja, só sabe o que lhe convém. As acusações ao Bush ele sabe, mas não sabe nada sobre o homem que possui o mesmo discurso que ele sobre o assunto, financia o Hamás e Heszbollah, desenvolve armas nucleares sem a autorização da ONU, não reconhece o estado de Israel (declarando morte ao mesmo) e possui sérias acusações de fraude durante as eleições. Esse homem que fez um pronunciamento dizendo as mesmas coisas que meu professor de física falou, fez com que delegações de diversos países do mundo deixassem o plenário. Não teve nem a atitude de procurar saber como é o outro lado da moeda. Eu indico a todos que pensam que o 11 de Setembro é uma fraude lerem a autobiografia de Bush. Mesmo que ao final da leitura continuem com a mesma opinião, podem dizer no final: "eu li o livro do Bush e vi o documentário da internet, fico com o documentário da internet." Assim passa mais credibilidade para os seus ouvintes. Ainda mais se for um professor. Fica a dica.
E pra finalizar, me desculpem os termos vulgares, mas certas pessoas enchem a boca pra falar o que não sabem, procuram justificativas vazias, obsoletas, falhas e IMPROVÁVEIS esperam, de tal modo, que o resto da humanidade siga seus pensamentos. Prefiro acreditar que alguns seres humanos invejam os americanos por viverem em um país tão bem sucedido, do que acreditar realmente que certos seres humanos tenha ódio por seus semelhantes.


por alberto szafran.


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artigo 3 - o plebiscito da maconha.
"O Plebiscito da Maconha". Acho que nunca ouvi uma barbaridade tão grande como essa. Primeiro que esse é um caso tão complexo que vai além do entendimento de uma população. Segundo, ao contrário do que os maconheiros gostam de defender, maconha é um mau que faz a sua saúde sim, mas é claro, eu acredito que você deve fazer com o seu corpo o que bem entender, porém ao transformar isso em um julgamento público você deixa que outras pessoas interfiram no seu cotidiano e no seu bem-estar. Se por acaso a maconha seja legalizada no estado da Califórnia, o caos definitivamente tomará conta da ordem. Como uma questão econômica a medida é extremamente eficaz, mas como questão política, é um fiasco. Me pergunto como que os traficantes de drogas do estados vizinhos (Nevada, Arizona e Oregon) vão fazer para ganhar a vida. Ir para as ruas, entrar dentro de casas e matar os moradores em troca de jóias? Assaltar carros e assassinar seus motoristas que conseguiram identificar seus rostos ? Um governo tem que se destacar não pelo bem que faz ao seu estado, mais ainda, pelo bem que faz ao estado perante um país. Perante uma sociedade. Isso porque eu não entro no mérito "trabalho". Agora imagina você, quem dá uma pausa nas suas tarefas para ao invés de fumar um cigarro, puxar um baseado?
"Logo você que defende tanto os Estados Unidos?" Sim. Defendo principalmente como uma potência política. E ao fazer isso o estado da Califórnia fez uma jogada política incrível; no país o voto não é obrigatório, mas votar ao favor ou contra a maconha, acredito que grande parte do eleitorado do estado foi às urnas. Correu o risco, mas se superaram politicamente. 
O problema é que muitas pessoas acreditam que moram em um lugar como Amsterdã e a ordem pública procede. O que é um equívoco gigantesco. A Holanda é um país extremamente organizado e bem estruturado onde pessoas não param de trabalhar para fumar um "beck" diferente do Brasil, onde as pessoas também não param de trabalhar, elas fumam enquanto trabalham. Sem falar que a Holanda por si só é um país contraditório, porque libera o sexo ao ar livre nas praças de Amsterdã, mas proíbe que se fume cigarro nos locais públicos. Ou seja, o seu filho, irmão ou neto de dez anos, podem ver duas pessoas transando em cima de um banco de praça, mas não pode ver um homem fumando ao andar na rua. As pessoas que tomam a Holanda como exemplo de país pra se viver (Na PUC por exemplo tem um monte de estudante que toma), se esquece de mencionar essas coisas.
Não concordo com a liberação da maconha em um lugar nenhum do mundo.  Nem como uso pessoal, nem como comercial e nem como remédio. E quando me perguntam "o que fazer então com os traficantes" eu respondo "pergunte à polícia, porque afinal de contas, além desse ser o trabalho deles, eu pago uma fortuna de imposto para que eles o façam direito."


por alberto szafran.


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artigo 2 - atual humor independente.


Eu me lembro quando me divertia assistindo programas independentes na televisão como "Chaves" e "Chapolim Colorado" que conquistavam a todos os públicos pela simplicidade através de seus diálogos leves.
           Comédia era feita sem muita pretensão pelos canais a que eram veiculados e o barato não era estar na moda assistindo ás, mas simplesmente rir do que era feito. É claro que com o passar do tempo a comédia foi se desenvolvendo e tomando formas mais complexas que tendiam para um lado mais comercial, o que sem dúvida alguma é ótimo pois assim você influencia outras pessoas á se descobrirem comediantes e tentarem uma participação nesse difícil meio artístico.
          Com o crescimento dessa classe, que foi se tornando predominante no meio, a competição saudável foi sendo cada vez mais estimulada, classificando os comediantes em amadores e profissionais. Com o passar do tempo o humor foi sendo transmitido á outros veículos de comunicação além da televisão, e do teatro (formas essas caracterizadas por uma árduo esforço, para não dizer enorme talento).
          Veio a internet. Uma maneira rápida, prática e eficaz de expor o seu trabalho para um público selecionado. A internet, com todos os seus pontos positivos trouxe mais dinamismo e qualidade a indústria de entretenimento brasileiro. Talentos foram descobertos na internet, pessoas se tornaram famosas por ela e outras conseguiram um espaço e um reconhecimento pelas suas realizações onlines. Cada vez que o tempo passava mais canais de relacionamento eram criados e mais gente usufruia do direito a sua devida exposição podendo gozar da liberdade de expressão tão bem defendida pela constituição da democracia que vivemos hoje em dia. O único problema é que todo grande processo de transformação, traz além de pontos positivos, alguns negativos também. Quando se abre um canal de comunicação onde as pessoas podem expor o que veem á sua cabeça, vocês lhe da oportunidade para atingir o que e quem quiserem da maneira que bem entenderem.
           Eu como democrata, sou completamente á favor e defendo a liberdade de expressão com unhas e dentes, mas quando quem goza dessa regalia á usa de maneira indevida, a liberdade passa a se tornar falta de respeito, e assim como a liberdade de expressão é defendida pela nossa constituição, o respeito mútuo também o é. Ao ver que muitas pessoas estão utilizando atualmente da comédia como uma simples meio para atacar o que bem entendem, me sinto ofendido; como o apaixonado que sou pelo entretenimento, vejo que certas pessoas (não todas) estão utilizando de meios que lhes foram cedidos para faltar com respeito alheio. Mesmo que essas pessoas não se auto intitulem humoristas ou comediantes, elas usam do sarcasmo e do cinismo (características primordiais do gênero) para atingir um público que em sua grande maioria quer apenas se divertir, e não ouvir palavrões e baixarias a respeito de bandas, artistas etc. Opinião, cada um tem a sua e guardar para si não é desconsiderar a liberdade de expressão, muito pelo contrário, é fazer bom uso dela. Eu poderia aqui citar nomes de diversos artistas, que segundo a minha opinião, não tem talento algum e só conquistam o seu público pois usam os palavrões de maneiras que os tornam engraçados (É o que eles pensam).
           Postar um vídeo no youtube atacando alguém não é colaborar para a comédia, mas sim para a violência. No dia em que esses artistas respeitarem a arte de fazer rir talvez eles possam ser tão grandes como são Chico Anysio e Jô Soares, sem esquecer Costinha, um grande comediante que não dispensava um palavrão para completar suas saudáveis piadas. Humoristas mesmo que com uma pecualiar forma de se utilizar o gênero, ironizando situações e pessoas, nunca ofenderam absolutamente ninguém. Fazer produções independentes sem o mínimo de estrutura é possível, fazer sucesso com elas, também. "Como disse no ínicio, "Chaves" e "Chapolim Colorado" são um exemplo disso.


por alberto szafran.


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artigo 1 - eleições.

Detesto eleições. Sempre acredito que faço amigos íntimos onde posso dividir meu segredos, contar as mais inusitadas situações e depois de um breve período de tempo, ele somem. Somem e só reaparecem quatro anos depois.
Eles fazem você pensar que cresceram contigo, dividiram suas tristezas, compartilharam suas alegrias. É um show de demagogia. "Porque eu vou representar você em Brasília", "Porque você merece mais, meu caro eleitor!". O candidato não sabe nem quem está assistindo ao video, não tem nem idéia onde está passando  e já lhes promete defender os seus direitos. E se isso estiver passando na televisão de um presídio? Em pleno banho de sol? E se estiver passando no meio de uma reunião da OPD? (Organização dos Pedófilos Brasileiros) Ele promete "vou te defender até a morte!" Por isso eu fico tão tentado com esses candidatos. Parece que eles sabem os nossos segredos mais sombrios e não estão nem aí pra isso. Exemplo: "Eu sei o que você passou! Por isso estou hoje aqui!" - Ou seja, ele está se candidatando porque sabe o que você passou. Ele é quase um amante seu. Ele pede o seu voto como quem pede para que pague as suas contas! Talvez seja essa a inteção mesmo... Nós estamos pagando as suas contas...
Aí vem a parte sad do negócio... Eles somem! E só reaparecem quatro anos depois, como os seus melhores amigos novamente, prometendo os mesmo blá-blá-blás. O jogo então é votar em que menos parece ser o seu amigo. Talvez assim, a gente não sinta tanta falta daquela amizade passageira...


por alberto szafran.

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