terça-feira, 24 de maio de 2011

artigo 8 - o consultor.

Estamos falando do maior estrategista financeiro do mundo. Um homem que consegue multiplicar seu patrimônio por 20, em quatro anos, não pode ser considerado menos que um gigante da economia. Palocci desafia a lógica e ainda mais, o senso comum de que o impossível é algo inalcançável. Refutando todos os eventos catastróficos da economia mundial, como a crise de 2008, o nosso atual Chefe da Casa Civil, consegue de maneira esplendida saltar de seus humildes 375 mil reais para sete milhões e quinhentos mil reais. Como? Prestando consultoria. Trata-se de um excelente consultor. Para ser mais exato, trata-se do melhor consultor do mundo. Vem-me a cabeça apenas um homem que conseguiu multiplicar tanto dinheiro em tão pouco tempo, mas ele não era consultor, era um traficante colombiano de cocaína que morreu em 1993.
Mas por que sermos tão negativos, tão maliciosos? Vamos confiar na escolha da presidenta que elegemos. Vamos deixar que o chefe da Casa Civil continue fazendo o seu trabalho, arrastando o Brasil, para uma provável inflação. Otimismo não é característica que melhor descreve o nosso povo brasileiro? Então otimistas seremos.
Otimistas de que Palocci, em quatro anos, possa fazer pelo Brasil o que fez com o seu patrimônio, mas que infelizmente não conseguiu fazer como ministro da fazenda. Multiplicar por vinte, o patrimônio do nosso país. É difícil? Com certeza. Mas também é difícil fazer algo parecido com a sua própria conta bancária.
Eu só quero uma explicação plausível, afinal, nós falamos a respeito de um partido de que não tem “nada a ver” com os maiores escândalos políticos brasileiros do século XXI como, por exemplo, o “mensalão”, o “aloprados” e agora “ó consultor”.
Por tanto, não peço absolutamente nada demais, da mesma maneira que empresas cobram a mais nas nossas faturas e pedimos provas, queremos que Palocci nos prove seu feito extraordinário. Pois se ele realmente se tornou milionário em tão pouco tempo fazendo consultoria, vamos todos virar consultores.


por alberto szafran.

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